Aos 17 anos, ainda muito jovem, cheguei a uma empresa familiar com 8 mil colaboradores: a Cobrasma (Companhia Brasileira de Material Ferroviário). Lá, entrei como auxiliar de documentação, deslumbrada com a chance de estar em uma empresa familiar de grande porte. Após passar por diversos cargos nessa empresa, fui convidada a montar uma start-up de embalagens PET. Em 2 anos, transformamos essa nova empresa (a Injepet) em uma das maiores do mercado brasileiro. Com isso, recebi o convite da Alcoa Alumínio para assumir a cadeira de Superintendência, o que seria um marco para uma mulher dentro da Alcoa. Mesmo muito satisfeita com a minha posição na Alcoa (quase uma década de trabalho), uma empresa sólida e reconhecida, ainda sentia que me faltava algo. Daí, veio a decisão: “Quero ser presidente de uma empresa!”. O meu processo de desligamento da Alcoa foi em uma quinta-feira à tarde. Já no sábado, às 10h da manhã, eu estava embarcando em um avião para a China. Durante essa viagem, decidi que eu iria produzir bolsas femininas lá na China e vender no Brasil. Por isso, montei a minha empresa – Donella Intertrading. O negócio foi um sucesso. Em insight estratégico, percebi que outras empresas também estavam indo à China, para trabalharem com importação. Assim, tomei a iniciativa de finalizar a operação, no auge dela. Fato era: o fuso chinês fazia com que eu tivesse que trabalhar mais. Depois de 7 anos, tomei um rumo criativo: viajar pelo mundo, lapidar o meu espanhol e conhecer novas culturas. Nove meses de ricas experiências em aprendizado e crescimento pessoal. De volta ao Brasil, recebi a proposta para compra de uma escola de idiomas. Ao analisar essa proposta, debrucei-me sobre os indicadores da empresa e, diante do diagnóstico preciso, fui convidada a conversar com o Carlos Wizard Martins, fundador do grupo Multi. Wizard, então, convidou-me a montar uma sociedade, em um negócio pequeno: uma agência de turismo. Após 3 meses de operação da agência, fui chamada pelo próprio Carlos Wizard a trabalhar no grupo Multi. Lá, fizemos uma série de aquisições, resultando na expansão da empresa, tendo como ponto máximo a venda do grupo, operação que foi considerada o maior case de educação da América Latina. Após a venda e saída do grupo Multi, passei a ser Presidente do Cel.Lep (escola de idiomas). Com essas inúmeras experiências nacionais e internacionais, outros empresários começaram a me requisitar para que eu pudesse ser Conselheira deles. Com a prosperidade desses negócios para os quais eu era convidada a fazer um diagnóstico, decidi fazer disso um grande negócio. Assim, montei a minha outra empresa, especializada em Governança Corporativa para Empresas Familiares – Donella & Partners. A partir daí, iniciei o meu caminhar para a Governança dentro dos Conselhos de Empresas Familiares e Não Familiares.